Minha opinião: Sinceramente eu meio que fiquei abatida com esse livro, quando comecei a ler jurava que ia ser um livro do tipo conforto, mas infelizmente, ao invés do sentimento de pertencimento "de tá todo mundo no mesmo barco" eu fique foi triste, só o pó da rabiola. Então é isso, esse buraco. E como diria a famosa música do Brasil e se você não conhece tá perdendo essa sabedoria pop-histórica-latino-brasileira "E o motivo todo mundo já conhece, é que o de cima sobe e o debaixo desce".
"Ficamos nos sentindo culpados, apáticos e cínicos no momento em que deveríamos estar mais raivosos e organizados do que nunca. "
Agora queridos leitores, retornar com esse blog está me fazendo sentir a Lady Whistledown de Bridgerton. Quem em pleno 2024 mantém um blog? Uma memória muito afetiva. O foco do blog mudou com o passar dos anos, eu vou e volto, mas enfim, aqui estamos.
O mesmo serve para a sensação de que o trabalho nunca acaba, de que as notícias sufocam nossas vidas pessoais e de que estamos cansados demais para conseguir algo ao menos semelhante a descanso ou lazer reais. As consequências dos próximos anos não vão mudar a relação dos Millennials com burnout ou com a precariedade que o causa.
Sobre o livro a autora fala sobre a perspectiva na cultura americana sobre como os millenialls (presente) foram criados e como eles estão vivenciado hoje. A mudança na economia de uma geração para outra, os cursos acadêmicos como profecias de garantias de empregos não realizadas, empréstimos estudantis. E como a cada dia os direitos dos trabalhadores estão sendo minados sobre o disfarce de "liberdade" para trabalhar a hora e como você deseja.
A maioria de nós preferiria ler um livro a ficar mexendo no celular, mas estamos tão cansados que rolar timelines sem pensar muito é tudo que temos energia para fazer.
No fim, estamos todos sem perspectiva, exaustos, e a beira de um bornout. Não é que a nossa geração "fracassou" ou que reclamamos de mais, é que fomos preparados para viver no mundo da Barbie (Trabalhe duro e você vai vencer, sem dor sem ganho, o futuro está em um diploma) e caímos não no mundo real, mas na primeira temporada de The Walking Dead quando o Rick acorda sozinho, eu disse SOZINHO, naquele hospital (E quem não entendeu a referência, clique aqui Alerta: Conteúdo com zumbis, sangue e tudo o mais).
É caros leitores, o mundo mudou político socioeconomicamente , no final a autora no diz que ela não tem resposta para este "problema", pois é uma questão estrutural, não dá pra pensar em mim ou apenas nos que eu considero que são importantes (amigos, familiares, amores). Temos que pensar no coletivo e pensar em conjunto.
Mas uma coisa ficou incrivelmente clara: não se trata de um problema pessoal. É um problema da nossa sociedade, e não vai ser curado por apps de produtividade, bullet journals, máscaras de tratamento facial ou uma p**** de um mingau de aveia orgânico.
Você vai gostar desse livro se curti uma análise politica, sócio-histórica e recortes de experiências das pessoas relacionada a temática.
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