{Filme} O casamento do meu melhor amigo - 1997

21 de agosto de 2016



Sinopse: Julianne (Julia Roberts) e Michael (Dermot Mulroney) combinaram que, se ambos continuassem solteiros quando completassem 28 anos, se casariam. Quando recebe um telefonema do amigo, às vésperas da fatídica data, anunciando que está prestes a se casar, mas com outra (Cameron Diaz), Julianne se descobre apaixonada por ele e aceita o convite para ser madrinha, mas com segundas intenções.


"Se você ama alguém... você tem que dizer, na hora, em voz alta. Senão, o momento apenas passa por você..."


Ano que vem este filme completa 20 anos desde sua data de lançamento, e não há como não se colocar no lugar de Julianne, ela está na posição que em algum momento da vida nós já nos encontramos. A de não está com o cara que queremos, porque ele já está comprometido ou se apaixonar pelo melhor amigo e não ser correspondida.

Revi este filme neste domingo pela manhã, já o tinha visto e nem lembro qual idade eu tinha. E nessa época lembro de ter tomado as dores de Julianne, porque o filme explora de forma clara seus sentimentos, Parece que ela é apenas uma pessoa que  descobriu tarde demais seus sentimentos por alguém que não gostaria de perder. Ou pior, uma pessoa egoísta que não admite perder uma pessoa que a idolatra, a ama, uma massagem para o ego.

Eu fiquei com a primeira opção. E vou ainda além, no final do filme muitas pessoas tiveram a impressão que amar é abrir mão da felicidade para deixar quem se ama feliz ou que não é amor de verdade quando se faz sofrer, é apenas uma obsessão. Algo que vai passar. Pode ser verdade, mas vi que ali tudo foi intenso, independe do que realmente seja, não podemos invalidar. Quem criou a obra tinha uma visão, e cabe o público a livre interpretação. 

Mas hoje eu tive uma visão diferente, algo que tenho pensando há bastante tempo, a respeito do poliamor. "Poliamor (do grego πολύ - poli, que significa muitos ou vários, e do Latim amor, significando amor) é a prática, o desejo, ou a aceitação de ter mais de um relacionamento íntimo simultaneamente com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos (fonte:wikipédia).]' 

Eu confesso que emocionalmente eu não tenho maturidade para este tipo de relacionamento, ainda sou adepta das relações monogâmicas. Mas, eu fiquei pensando no quanto as pessoas dizem quando gostam de duas pessoas e não sabem escolher sofrem. Tá namorando uma cara bacaninha, curte ele pra caramba, mas ainda quer o ex. Não que ela não goste do atual, ela gosta, mas seria mais feliz se ficasse com os dois. Veja bem, a pessoa não acha que seria mais feliz com um ou outro, ela acha que seria feliz com os dois, é diferente. 

O que eu vi neste filme, foi claramente uma vontade de pertencimento, mesmo que de forma velada por parte de Michael, não é explorado de forma aberta seus sentimentos. Talvez, ele estivesse lutando por quem ele deveria amar, porque é o que é socialmente aceito e talvez se sentisse mais seguro com kimmy, coisa que nunca teve com Jules, mas Jules foi alguém que ele sempre gostou de ter por perto, alguém com quem divide suas aspirações de maneira espontânea. Diferente de Kimmy, que abre mão do que ela deseja por ele.

Mas ai você pensa, o que Michael sente por Jules é apena amizade. Mas se pensarmos bem no conceito de uma relação saudável e aberta, as dúvidas que ele tem sobre a relação deveriam ser tiradas com Kimmy e não com Jules, ele precisa de Jules. Ainda existe uma relação intima, ainda existe ciúme por parte dele. Jules não está enxergando as coisas de forma equivocada quando pensa que ainda tem chance com ele. Michael dá essa chance sem perceber.

São muitas questões, que talvez se abríssemos mais espaço para o poliamor poderiam diminuir um sofrimento desnecessário: Vamos todo mundo se amar e ser feliz! Mas é apenas uma interpretação da situação, pode dar certo para uns e outros não. Mas deixo uma porta aberta para se pensar sobre.

 Quem ai já assistiu o filme, vamos conversar?

Para terminar este post, a cena icônica do filme, uma das minhas preferidas:



3 comentários:

  1. Eu simplesmente amo esse filme! Todos cantando no almoço é a melhor cena!

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  2. Lua, eu amo esse filme num grau que você não faz ideia. Vale lembrar que já são 20 anos de amor (gente, tô velha) Hahaha

    Adorei o post, viu?

    Beijos

    www.supimpagirl.com.br

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  3. Sou apaixonada nesse filme. Aliás, gosto de todos os filmes em que a Julia Roberts marca presença.

    O ponto de que mais gosto nesse filme é que ele é real. Foge de clichês. Apresenta um ponto de vista diferente. E, muito embora, não tenha o final feliz que todos esperam das comédias românticas (até porque ele não é uma, veja bem), ele tem um final incrível. Congruente. E que, simplesmente, faz sentido.

    Adorei ler sua opinião a respeito, até porque ela se parece muito com a minha.

    E acho incrível você abrir a discussão para a questão do "poliamor". De fato, é possível gostar de mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Quão arrogantes nós somos por pensar que existe apenas uma pessoa certa? O único problema é que ciúmes e desejo de exclusividade quase sempre existem. Ainda que não intencionalmente.

    Além de tudo, há a força das convenções sociais. A sociedade ainda não aceita a ideia com naturalidade. O que é ridículo. O bom é que, cada vez mais, as instituições vêm mudando e evoluindo. Esperemos que, algum dia, as pessoas respeitem a escolha de cada um, ainda que não concordem. Precisamos viver a nossa "vida íntima" como queremos. Simples assim.

    Adorei sua opinião e análise do filme, de verdade mesmo!

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